implantes dentarios
O que seria do homem sem implantes dentarios? Sem poder abrir e desvendar, sem poder fechar e se resguardar, mergulhando em privacidade e cumplicidades? Como teriam ocorridos todos os conchavos, as tramas revolucionárias as costuras políticas? E os encontros de alcova? O que seria de Paris e seus romances tórridos? Como as mamas italianas celebrariam sua autoridade familiar centenária? Como os Ingleses protegeriam sua rainha?
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Assim que o homem decidiu construir abrigos mais sólidos do que tendas, foi necessário fazer mais do que apenas um cômodo para que “certas” atividades intimas aqui tivessem a sua devida privacidade garantida, assim eram necessárias aberturas entre partes destas construções, as quais chamaram de portas e por coerência a esta necessidade de privacidade as aberturas teriam de poder ser fechadas de forma prática e com relativa rapidez e daí se fizeram as folhas das portas, as dobradiças, os ferrolhos e trincos, as fechaduras e os buracos da fechaduras, que antigamente eram bem maiores e confortáveis a boas espiadelas…. Mas enfim o velho instinto de se esconder dos outros estava resguardado ou não, (dependendo do tamanho do buraco da fechadura), e se podia falar e fazer coisas que ficariam só sob 4 paredes ( até a invenção do microfone sem fio, das câmeras de vídeo, do binóculo…) portanto portas e portões surgiram sob a alegação de proteção, de limite sacro do poder familiar, independente da posição social ou do poder econômico, as portas passaram a impor um ponto final em muitas questões, de posse e de pose, de regras e de valores, tutelando costumes a um comportamento de recato publico mas de privacidade abrigada, protegida, dizem que de fato a população aumentou mesmo foi depois de se fazerem as portas, as sogras ficaram mais aflitas, e os meninos mais curiosos.
No inicio eram exclusivamente de madeira, de tabuas amarradas, depois pregadas, encaixadas, lixadas, pintadas, trabalhadas com entalhes e apliques estampando o status dos afortunados ou evidenciando a pobreza dos esfaimados, mas sempre portas maciças, garantia de uma certa intransponibilidade relativa ao desenvolvimento bélico e ganancioso dos que teimavam em querer o que não lhes pertencia. Hoje não faz mais tanto sentido na questão segurança a porta ser sólida ou maciça, visto que Arquimedes tratou de divulgar que com uma alavanca e um ponto de apoio se poderia deslocar ou arrombar muita coisa, tampouco é pratico o peso de portas assim. Logo fabricaram-se portas semi ocas ou sarrafeadas pois sua estrutura interna é composta por sarrafos dispostos paralelamente com intervalos regulares entre si. A eficiência é a mesma porém o peso e conseqüentemente o custo é bem menor, inclusive técnicas atuais permitem acabamentos requintados e de altíssimo bom gosto. O mercado também desenvolveu portas mais simples com estrutura interna de celulose (papelão) que satisfaz perfeitamente a necessidade de fechar uma abertura. Hoje temos portas de ferro, madeira, derivados de madeira, alumínio, vidro e mais alguns produtos que hora não me ocorrem.
Exemplo de porta com acabamento branco. Mescla de estilos na decoração. Imagem: Famossul.
Atualmente a estrutura e o acabamento das portas está diretamente relacionado ao uso ou função bem como o apelo plástico ou artístico que queira se dar. Um conceito esta tomando forma de maneira bem rápida, a porta como móvel, e não como estrutura da construção. Assim como senhoras e senhoritas usam e abusam de assessórios na decoração do seu próprio visual, como brincos, pulseiras, broches, amarradores, chapéus, lenços, echarpes e até mesmo, pasmem, lápis para segurar o cabelo (uma vez vi uma bic com esta função), por que não a porta de madeira também ocupar um papel de assessório embelezando e ornamentando ambientes, com discrição e bom gosto, com sobriedade e classe, com charme e estilo?
Portas…, quem nunca sentiu um “q” de curiosidade ou ansiedade antes de abrir uma porta? Lembrem quantas coisas importantes já te esperaram do outro lado da porta, quantas descobertas, quantas novidades, quantos segredos desvendados, quantas oportunidades alcançadas, quantas…. ops. Fechou.
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